sábado, 8 de dezembro de 2012

Personal Learning Environments (tarefa 1)

A tarefa pedida para esta semana consiste na pesquisa e exploração de recursos sobre ambientes pessoais de aprendizagem (Personal Learning Environments/PLE) e reflexão crítica sobre o material consultado.

Fiz alguma pesquisa de artigos que reuni numa pasta do meu espaço Livebinder
http://www.livebinders.com/play/play?id=697042

Livebinders (agregador de bibliografia  - PLE)

 Trabalho realizado em - http://emergentes1ple.pbworks.com/

PBworks (wiki sobre PLE)

Escolhi um artigo de Graham Atwell e outro de Wendy Drexler que resumi e comentei mais extensivamente no meu espaço wiki do PBworks.

O artigo da Attwell foi pubicado no site europeu elearningeuropa.info em 2007 e articula a noção de ambiente pessoal de aprendizagem com o eportefólio. O ambiente virtual de aprendizagem torna-se mais pertinente num contexto de aprendizagem ao longo da vida e de aprendizagem informal.

Algumas ideias estão subjacentes aos PLE, (i) os alunos passaram a controlar os seus próprios ambientes de aprendizagem online, com a possibilidade de criarem e partilharem conteúdos, participarem e colaborarem em grupos, criarem uma identidade na Internet  (ii) a aprendizagem no trabalho, na escola, em casa, a nível profissional, académico ou cultural, pode ser reunida num ambiente de aprendizagem personalizado; (iv) cada um aprende de modo diferente, existem diferentes estilos, (inteligências múltiplas, Gardner), aprendizagens em diferentes domínios e contextos, uns aprendem melhor através de meios visuais, outros aprendem melhor fazendo, etc; (v) novas formas de avaliação decorrem desta nova forma de aprender, validação e reconhecimento das competências adquiridas, os APA/PLE e os ePortefólios são um meio para essa apresentação das competências adquiridas.

O artigo de Drexler, de 2010, trata da análise de um estudo de caso numa escola secundária  americana onde é levada a cabo uma experiência em regime de blended learning ao longo de um período letivo. É implementado um modelo de aprendizagem designado Networked Student Model. A abordagem rompe com o modelo tradicional da sala de aula a que os alunos estavam habituados e os resultados são muito positivos. Há margem de escolha pelos alunos duma grande diversidade de temáticas, bem como novas ferramentas Web 2.0, em que os alunos criam o seu ambiente pessoal de aprendizagem. A avaliação é formativa com este modelo.

O artigo é bastante descritivo do processo e a autora conclui:

«In spite of the challenges highlighted above, the Networked Student Model offers a design and framework through which teachers can explore a student-centered, 21st century approach to learning. It further provides a foundation for constructing a personal learning environment with potential to expand as new learning avenues emerge. The student is challenged to synthesize diverse and extensive digital materials, connect to others interacting in respectful and meaningful ways, self-regulate an active approach to learning, and develop an option for lifelong learning that applies to virtually any curricular area. Once a student has learned how to construct a personal learning environment, he or she is left with a model of learning that extends beyond the classroom walls, one in which the learner assumes full control. Regardless of teacher control, the students' success will depend on how well they have been prepared in the processes that support learning in an ever changing, increasingly networked world.» (Drexler, 2010)

2 comentários:

  1. Olá, Ida!
    Estive a ler os seus contributos, que me pareceram interessantes e uma questão que me começa a ocupar é a que surge referida no ponto v) da sua mensagem. De facto, a validação das aprendizagens menos formais parece-me que será um dos caminhos que, em breve, teremos de percorrer. Este aspeto levanta muitas questões (certificação, institucionalização, validação, reconhecimento...) e toca outros pontos que já temos abordado (os MOOC, os recursos educacionais abertos). São, de facto, questões emergentes, em mundos que se cruzam e estão em constante mudança. O papel dos professores, a aprendizagem ao longo da vida e a aprendizagem autorregulada surgem como problemas e desafios para todos os que ensinam, aprendem e investigam.
    [ ].

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  2. Luís,

    Penso que a questão da avaliação tradicional no ensino formal, standardizada em testes e exames (agora agravada com mais exames em níveis de ensino onde haviam sido banidos)é uma contradição com a realidade que se vive.

    A avaliação devia ser essencialmente formativa e o e-portefólio poderia ser adoptado como instrumento de avaliação. Penso que seria muito mais interessante ver o percurso do aluno ao longo da sua escolaridade com a compilação dos seus trabalhos e aprendizagens «algures».

    Uma avaliação formativa é muito mais autêntica e exigente, com componentes de auto-avaliação e avaliação entre pares.

    Os ambientes virtuais de aprendizagem são já uma realidade, dada a diversidade de aprendizagens que vamos fazendo, fora da esfera académica, as fronteiras estão cada vez mais diluídas entre formação formal e informal, entre espaço académico e espaço profissional.

    Quanto à certificação institucional cada vez será mais banalizada e menos relevante. Tenho-me questionado se aquilo que pagamos para obter um grau académico faz sentido nos tempos que correm, com tantos recursos e ferramentas de qualidade gratuitos, para concretizarmos as nossas realizações.

    A quantidade assinalável de MOOCs, que vão surgindo, abrem perspetivas e contactos com outros pares doutras partes do mundo, com outras experiências enriquecedoras.

    As ferramentas e plataformas tecnológicas à nossa disposição permitem mostrar e partilhar as nossas realizações e interesses, criando o nosso ambiente personalizado.

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